#065 | Bodas de Prata! Cavaleiros do Zodíaco faz 25 Anos no Brasil
A turma do Podcast se junta para comentar a longa história de 25 Anos de Cavaleiros do Zodíaco no Brasil. Tem o Bruno Masei, o Allan e a Rainha Nicoll; juntos conversamos sobre os grandes momentos da série no Brasil, desde a sua estreia na Manchete, passando pelo período sem internet até o renascimento na web com os Fóruns e RPG ao grande lançamento bombástico da Saga de Hades... até os dias de hoje, com a série Clássica de volta às massas pela Netflix.
Os Tempos da Manchete |
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Nele, ficamos sabendo que a série foi licenciada gratuitamente para a Manchete (após ser oferecida para outras emissoras, inclusive a Globo); a contrapartida era que eles pudessem veicular os famosos comerciais dos bonecos da Bandai.
Portanto foi graças aos bonecos Die Casts da Bandai que pudemos ser agraciados com a já clássica abertura Guardiões do Universo, que foi uma localização em português da canção espanhola, que por sua vez é derivada da original em francês.
E se as febres dos bonecos varreram o Natal de 94 para a criançada, como os bonecos da Bandai eram bem caros para a época, restava aos pais da criançada comprar bonecos não originais... bom, a criançada nem ia ver a diferença, já que os bonecos piratas eram inclusive de muito boa qualidade.
Versão St. Fighter |
A série passou de 94 até final de 97, embora tivesse algumas exibições bem mal espalhadas pelo ano de 98. E durante esse período, foi parte do programa Dudalegria, que tinha a Duda, famosa atriz mirim da época capitaneando as manhãs da Manchete.
Outra famosa apresentadora dos Guerreiros de Atena foi a pequena Mitsui Ikeda, que ganhou uma nave espacial para apresentar a série e contar das aventuras dos Cavaleiros de Atena.
O sucesso da série foi grande o suficiente para incomodar, inclusive, a gigante Rede Globo, durante as manhãs do desenho, em que tinha mais gente assistindo as Doze Casas do que vendo a TV Colosso. =)
Matéria da Folha sobre o IBOPE de Cavaleiros do Zodíaco [Link]
Em 1995, a Sony lançou o famoso Álbum de Cavaleiros do Zodíaco com músicas originais compostas no Brasil que chegou a vender mais de 500.000 cópias, ganhando Disco de Ouro, Platina e Platina Duplo [Wiki]. Abaixo, você pode ver um dos comerciais veiculados na Rede Manchete sobre o álbum.
E devido ao gigantesco sucesso do Álbum, Larissa & William, uma dupla formada pela Sony depois de um concurso fez sucesso o suficiente para que fossem chamados para cantar na Xuxa, em seu programa Xuxa Hits em 95, em uma performance maravilhosa que você pode ver abaixo com cosplayers incríveis dançando em sincronia.
Além das músicas e dos bonecos, muitos outros produtos foram lançados, e nesse Podcast comentamos sobre a correria para encontrar as Revistinhas Herói que também ajudou a nos informar (ou desinformar, hehehehe) e comentar com a criançada as novidades da série que poderia vir adiante.
Herói No 1 |
O auge desse momento tão importante para a série foi a estreia do Filme de Abel, intitulado Os Cavaleiros do Zodíaco: O Filme, ele lançou em 95 nos cinemas do Brasil e foi um sucesso de bilheteria. Abaixo você pode ver um dos trailers do filme que acompanhava o VHS da Época de outro filme distribuído pela FlashStar.
E no vídeo abaixo, você pode ver o comercial do filme que passava na Manchete restaurado com imagens dos Blu-rays, mas com áudio original.
Comentamos também no Podcast uma insólita história de nove amigas de Natal - RN, que simplesmente fugiram de casa para salvar Atena.
Matéria da Folha sobre a História das Meninas [Link]
Pós-Manchete |
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Capas dos VHS da FlashStar |
Internet, Fóruns e RPGs |
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CavZod no Wayback Machine [Link] |
Tradução Japonês/Inglês: Carene Veanc,on e Jean-Luc Leger.
Tradução Inglês/Português: Albert Viudes Dick.
Tradução Inglês/Português: Albert Viudes Dick.
- O Mundo dos Mortos no Interior da Casa de Câncer.
- Aioria Mostra Suas Presas!
- Athena! Uma Decisão Fatal!
- Atravessem! O Rio Acheron!
- Orphee! Um Triste Réquiem.
- Um Estrondo! Garuda VS Fênix!
- Sigam Hades!
- Batalha Mortal! 3 VS 1!
- As Lendárias Armaduras dos Deuses!
Também disponibilizei todos os capítulos em um documento do Google Doc para posteridade, caso esses links desapareçam no futuro. [Acesse Aqui]
A partir desse site e de muitos outros, os fãs de Saint Seiya foram encontrando salas de bate-papo, canais de IRC e, então, o mundo dos Fóruns. O Masei, por exemplo, começou sua vida de fóruns no extinto Anime-World [Wayback].
Olha ali o Masei =) |
Ainda encontrando fãs e se comunicando, à época do hoje pouco usado ICQ, a turma começou a jogar RPG juntos; não exatamente interpretando e escrevendo nos fóruns como se popularizou mais pra frente, mas realmente em sites com fichas, atributos e até rolagem de dados! Um dos muitos exemplos desses grupos era o Athena Warriors [Wayback].
Uma pena que o Wayback não busque imagens |
E como bem lembrado pelo Allan, na onda dos RPGs, das conversas, das notícias, os fóruns começaram a se popularizar e muitos se dedicaram a falar só de Cavaleiros. Entre eles os mais famosos da época eram o Monte Olimpo e o Arayashiki [Wayback]. Infelizmente não encontramos registro do Monte Olimpo, mas é possível ver um pouquinho do passado do Arayashiki abaixo.
O Arayashiki! |
E pra conversar com a turma, a gente precisava de imagens bonitas; e nessa época começou a se popularizar bastante o trabalho de alguns fanartistas que são famosos até hoje. E o melhor lugar pra ver os fanarts e imagens de Saint Seiya na interneta era o site da Stayka [Wayback]!
Site Histórico da Stayka! |
Entre esses fanartistas, até hoje somos agraciados com trabalhos magníficos do italiano Marco Albiero que desde aquela época já se aventurava a imaginar novos personagens de Saint Seiya, como o próprio Zeus!
Zeus de Marco Albiero [Site] |
Ou então a fanartista Camille Adams que teve o trabalho de imaginar como seriam todas as outras muito armaduras que não apareceram na série. Ela inclusive imaginou Seika como a Amazona de Pomba (Colomba).
Seika de Pomba de Camille Adams [Deviant] |
A Fase de Hades! |
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Poster de Hades feito por Jeróme Alquié |
A história conta que após essa animação, Araki pessoalmente mostrou o vídeo à Toei e então a ideia de retornar com a Saga de Hades que já ventilava, ganhou o impulso final e acabou sendo anunciado no final do ano de 2002. Para a alegria da Nação.
E já em Fevereiro de 2003, Saint Seiya retornou ao Mundo com a Saga de Hades.
Com o sucesso absoluto da Saga de Hades que tomou de assalto os sites de download (hihi), os fansubs e até mesmo os Eventos de Anime na época, não demorou muito para que a Série Clássica ventilasse seu retorno; o que aconteceu 9 Anos depois de sua estreia na Manchete, no mesmo dia: 1 de Setembro. Com uma nova dublagem. E uma nova música que viraria um hino.
O cantor escolhido de Pegasus Fantasy no Brasil foi Edu Falaschi, que à época estava estourado com seu primeiro álbum junto ao Angra, banda de Metal que já era muitíssimo famosa na época.
Edu Falaschi |
Os Mangás de Saint Seiya também finalmente chegaram no Brasil pela Conrad, em um formato meio-tankô que muita gente colecionou, apesar dos incontáveis problemas de tradução e distribuição.
Os Mangás da Conrad |
Nesse retorno, a Conrad ainda se arriscou a publicar outras obras do mundo de Saint Seiya: como o Episódio G, que conta a história de Aioria depois da traição de seu irmão e antes da Crise das Doze Casas.
Coleção da Nicoll de Episódio G =) |
Assim como a Enciclopédia de Saint Seiya e o romance Gigantomaquia.
A Gigantomaquia |
Com esse cenário todo favorável depois da Saga de Hades, os eventos pipocando, a nova dublagem, os mangás sendo publicados, os novos bonecos sendo vendidos, a série finalmente voltou para a TV Aberta na BAND, em um programa capitaneado pela Kelly Key.
Episódio do Meteoro Doc sobre as Apresentadoras Infantis [Vídeo]
Junto à dublagem da Saga de Hades que logo veio para manter o fogo do cosmo aceso, houve o lançamento do Prólogo do Céu no Japão que um ano depois chegou ao Brasil, no que seria a última dublagem da Álamo e um verdadeiro prólogo para o que realmente viria: o terror do Inferno.
O filme, com lançamento nos cinemas nacionais contou com a localização da excelente música Never, que aqui foi interpretada novamente pelo Edu Falaschi, que havia já cantado Pegasus Fantasy e Blue Forever.
A Fase Inferno |
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Fase Inferno |
Fase Elíseos |
Box de Mangás de Lost Canvas |
Next Dimension pela JBC |
DVDs de Lost Canvas |
Era Ômega |
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Saint Seiya Ômega! |
Sanctuary Battle |
Bravos Soldados |
O filme foi lançado em muitas salas de Cinema pelo Brasil afora, mas teve outra mini-crise em sua negociação para home-video, já que acabou sendo lançado sem a dublagem por conta de custos.
Poster do Filme Lenda do Santuário |
Logo, um novo projeto de Saint Seiya seria anunciado ainda parte das comemorações; uma série focada apenas nos Cavaleiros de Ouro em uma nova aventura: Soul of Gold, a Alma de Ouro. Que teve sua exibição simultânea com o Japão pela primeira vez gratuitamente e legendada em português.
Poster de Soul of Gold |
Foi nessa época, inclusive, que grande parte dos nossos ouvintes se consolidaram, graças aos Podcasts sobre os episódios de Soul of Gold. E você pode encontrar grande parte deles em nosso feed e em nosso blog [aqui].
O Ômega que havia reiniciado essa fase da Toei com o anime, também chegou por aqui com uma dublagem muito bacana! Embora tenha acontecido uma demora enorme para lançar os episódios e o desenho mesmo ainda não tenha sido licenciado a nenhuma rede.
Blu-ray do Ômega |
E na onda do PS4 e de Soul of Gold, um novo jogo de Saint Seiya foi anunciado com uma grande atração: totalmente dublado em português pela Dubrasil, que foi um esforço incrível dado a quantidade de dubladores necessários.
Em 2016, no ano de 30 Anos de Saint Seiya, a CCXP fez uma grande homenagem a Saint Seiya trazendo do Japão as 12 Armaduras de Ouro para serem exibidas no salão.
As 12 Armaduras de Ouro |
Além disso, trouxeram também o Presidente da Toei Kozo Morishita que, em solo nacional, disse em primeira mão que existiam 3 Projetos no Futuro de Saint Seiya: uma animação, um CG e um Live Action.
Kozo na CCXP |
O primeiro desses projetos a ver a luz do dia foi o antecipadíssimo Anime de Saintia Sho, aclamado mangá de Chimaki Kuori que veio pela Crunchyroll para o Mundo todo com legendas em português.
A recepção no entanto foi mista e ao final da temporada não há sinal de continuação.
A recepção no entanto foi mista e ao final da temporada não há sinal de continuação.
Anime de Saintia Sho |
O Seiya da Netflix! |
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A mudança de gênero de Shun fez com que Saint Seiya fosse pauta de muitos canais de cultura pop, sites de notícia e agregadores; bem como toda a recepção da nova série.
E para coroar esse momento de Cavaleiros, a Netflix ainda trouxe a série Clássica para o seu catálogo, trazendo de novo Cavaleiros do Zodíaco para um público muito maior do que antes.
Série Clássica na Netflix [Aqui] |
A série está sendo redescoberta e o futuro dela pode estar nessa parceria, bem como os ares da China e os vindouros Live Action...
Muita coisa foi esquecida nessa pauta, porque 25 Anos são difíceis de cobrir, mas fizemos o nosso melhor.
Então conta aí: o que ficou de fora? E em qual Era de Saint Seiya você embarcou nessa viagem maravilhosa? Conta pra gente. =)
2 comentários:
E aí pessoal, beleza? Valeu por esse podcast que vocês fazem, é muito divertido, e nos traz uma nostalgia prazerosa. Pra ajudar a Nicoll, que, ouvindo os programas, já sei que ela é o do Sul e Colorada, assim como eu, a Manchete no Rio Grande do Sul era o Canal 4, que agora se não me engano é a Rede TV. Como só tínhamos TV aberta na época, a gente um pouco mais velho sabia de cabeça os números: 2 era Guaíba, 4 Manchete, 5 SBT, 7 TV Cultura, 10 Bandeirantes e 12 Globo. Na época que estreou tinha 10 anos, mas não vi do início, peguei um capítulo aleatório, acho que era da luta deles no mar contra a Jisty e os três fantasmas dela. Lembro que era o evento de cada dia, aquele desenho mais adulto, com lutas mais violentas e com sangue. Pra um garoto de 10 anos, isso era muito marcante. Fiquei tão aficionado que minha mãe saiu num Domingo de surpresa pra me comprar um dos bonecos para o meu aniversário, mas estavam em falta de tanto que era vendido, e ela só encontrou boneco do Ikki, e na fase que estava o desenho pra mim, o Ikki nem estava aparecendo, então fiquei um pouco decepcionado. Claro que não falei pra mim mãe pra não magoá-la pelo esforço que ela fez. Mas aquilo que a gente normalmente não gosta, que era a repetição dos capítulos desde o início, pra mim foi importante, pois pude assistir do começo e entender o que estava acontecendo, e ver como o Ikki era muito casca grossa. Na época não existiam essas facilidades de Internet, então colocávamos para gravar todos os episódios, e, pra não arriscar perder o capítulo do dia, por falta de luz ou outro motivo, minha mãe tinha que colocar pra gravar quando passava de manhã. Se por ventura ocorresse algum problema, gravávamos no final da tarde. Lembro que na escola esse era o principal tema, e tudo que era possível eu consumia, principalmente a revista Herói, que trazia algumas capas que davam spoilers de episódios futuros, e nos deixava um pouco perdidos. Pela dificuldade de informação da época, não sabia que existiriam sagas depois do Santuário, mas tinha suspeitas por causa das capas da Herói, que traziam conteúdos inéditos que ainda não tinham aparecido, mas essas suspeitas não evitaram de ficar bem mal quando cada um dos Cavaleiros ia morrendo nas lutas contra os Cavaleiros de Ouro. Cavaleiros foi muito marcante na minha infância, não foram poucas vezes que eu e minha irmã fazíamos maratona dos episódios que tínhamos gravado, naquelas fitas de vídeo onde ajustávamos o sistema de gravação para seis horas de duração, pra não precisar utilizar tantas fitas. Posso dizer que esse desenho, se não forjou meu caráter, ajudou muito a ter certeza que estava certo na minha maneira de ser. Nunca fui alguém privilegiado fisicamente, e também era muito tímido, e os Cavaleiros de Bronze conseguiram me mostrar que, só porque eu não era tão forte quanto os outros, não tinha porque me esconder, pois com garra e vontade de conquistar, podia atingir meus objetivos, mas sempre respeitando as pessoas e acreditando nas minhas convicções. Enfim, desculpe o recado longo, mas lembrar de 25 anos de Cavaleiros me trouxe uma memória não só do desenho, mas também de uma época muito boa. E hoje, com quase 36 anos, me sinto privilegiado de ter visto a série, e ainda sigo alguns preceitos que aprendi nessa época, com essa série tão fantástica, e agradeço por ter encontrado pessoas que compartilham desse sentimento. Abraço pra vocês, pessoal.
Que post LINDO! acabei de chegar ao site pois acabei de maratonar até a saga das 12 casas no Netflix e estou vendo o novo com minha filha! CDZ é muito MUITO nostálgico e o trabalho de vcs agrupando todo esse registro histórico aqui é um serviço a essa enorme comunidade! Muito obrigado e começando a ouvir os casts!